No Carnaval – Festa do Rei Momo, que para a maioria de nós de Pinhão e interior do Paraná, mais representa folgas, recesso, ócio ou mesmo trabalho duro para os autônomos, produtores rurais e os mais vulneráveis, aproveitamos para leitura de perguntas e respostas do Jogo Master, que é muito interessante e que adquirimos 2, uma para até 10 e outro para pessoas acima de 14 anos e quanta informação e conhecimento se adquire ao jogar e lidar com eles.
Ao lidarmos com o Master, já nos veio a lembrança do dito pelo filósofo Sócrates, filósofo grego que viveu nos anos de 470 a 393 a.C. “Sei que nada sei”.
Quanto mais a gente lê, estuda mais se conscientiza da nossa eterna ignorância.
Quando no ano de 1975, fiz na Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG, a disciplina Sociologia, do curso de Direito, fizemos um trabalho sobre Crendices Populares, e na apresentação algumas foram muita divertidas, principalmente pelas “bobagens” que elas representavam, mas que cada uma delas, tem um significado.
Caso algum aspecto cultural não tenha nenhum sentido para a gente e rotulemos de bobagem, é só nos defendermos disso ou que utilizemos o informe para conhecimento, lições e reflexões de vida, diversão, lubrificar a memória.
Pinhão é rico em folclore, cultura, história e praticamente tudo que se relaciona a isso é fascinante ou no mínimo interessante.
Na minha infância, as rezas da dona Palmira de Oliveira, no dia 15 de janeiro de cada ano, festas juninas, dança de São Gonçalo na residência dos saudosos Zorardo de Deus Rocha e Dona Sebastiana; recomendas, quadrilha de danças não de ladrões, eram acontecimentos esperados e marcantes.
Corridas de cavalo em raias, jogos com de búlicas, Bets, de baralho de forma comedida (burro, rouba monte, guerra, escopa, pife, truco), são salutares ao desenvolvimento cultural e educacional das pessoas, até porque também temos que aprender a perder, saber competir.
Tempos atrás no País a maior da população morava no meio rural: 1940 – 68,76%; 1970 – 44,08%; 2022 – 16%, e em função do êxodo rural e outros avanços tecnológicos como da informática e mundo virtual, a cultura mudou radicalmente, mas no fundo todos nós temos raízes no meio rural, que o diga entre outras coisas, os apegos com gatos e cães ainda resultem muitos abandonados, as tropeadas sem tropas tocadas; os rodeios e torneios de laços esportivos e não mais das lidas campeiras da atividade pecuária. E parafraseando o libanês Khalil Gibran, autor de “O Profeta” e que viveu nos anos de 1883-1931, dizemos: “No fundo somos todos interioranos, rurícolas, lavradores, pecuaristas, e amamos os vinhedos, animais, matas e campos, e no fundo nas pastagens da nossa memória, há sempre um pastor, um agricultor, um pecuarista, ovelhas e pessoas meio que perdidas e meio que sem saber o que fazer nas cidades”.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, CIDADÃO municipalista).
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