Foto oficial com os participantes após a entrega do certificado
Guarapuava – Na terça-feira, 6 de dezembro, ocorreu a formatura da Escola de Pais do Brasil (EPB), no Colégio Estadual Cívico Militar Vereador Heitor Rocha Kramer, em Guarapuava.
No colégio Heitor Kramer, 16 pais completaram a formação, recebendo o certificado em uma celebração de formatura que contou com a presença de representantes do Núcleo Regional da Educação, do vereador Gilson Moreira, comunidade escolar, filhos e familiares.
A Escola de Pais do Brasil é uma entidade cujo trabalho é voluntário, sem fins lucrativos, que tem como objetivo ajudar pais e futuros pais, promovendo uma educação saudável e buscando aproximar as relações entre pais, filhos e educadores. Através de sete encontros, que trazem temáticas do dia-a-dia da família colocando-as em debate entre o grupo de pais e os casais coordenadores. A EPB iniciou em 1964, e em Guarapuava, é liderada há mais de cinco anos pelo casal Suzete Orzechowski e Renato Ribinski, e dois anos atrás, Alexandra Couto e Gilberto Couto passaram a fazer parte da coordenação.
A iniciativa de trazer a Escola de Pais para o colégio Heitor, foi da própria diretora, Alessandra Denise, pensando em uma forma de aproximar a comunidade escolar. “Trazer a Escola de Pais foi uma oportunidade única de auxiliar também na educação dos filhos nas casas, e vendo os pais que estão se formando hoje, é possível ver como eles já estão agindo diferente em casa. Conversando com alguns alunos, eles me contaram como está sendo colocado em prática o aprendizado. Eu só tenho a agradecer por esse trabalho.”
O vereador Gilson Moreira comenta a importância do envolvimento e do compromisso dos pais com a vida escolar dos filhos. “Sabemos que quando os pais participam, o desenvolvimento é outro, faz com que o jovem e o adolescente tenham um compromisso diferente.”
A formatura se estendeu por cerca de uma hora com discursos dos envolvidos. Os filhos dos formandos preparam cartas para presentear os pais, entregando-as em um momento de emoção entre as famílias.
Os pais contam o quanto os encontros melhoraram a vida familiar e trouxeram entendimento entre as famílias. Soleni da Silva conta que foi maravilhoso participar dos encontros e que sentiu a mudança já a partir do segundo debate. “Eu tenho duas adolescentes, uma com 17 e uma com quase 15, e melhorou muito em relação tanto a questão de tratamento, e conversar sem brigas, ter mais paciência com elas, foi maravilhoso.”
João Batista da Silva, marido de Soleni, comenta. “Fomos o primeiro casal a se inscrever na Escola de Pais, tomamos a decisão para melhorar a educação das nossas meninas, aprendemos muita coisa, e queremos aprender muito mais, vamos participar da segunda escola de pais. A gente quer ser os espelhos para nossa família, desde o primeiro dia a gente sentiu que tinha que mudar a forma de educar em casa.”
Suzete, coordenadora da EPB, conta que a principal mudança visível nos pais é a alegria da descoberta de que podem ser pais melhores: “Eles descobrem que têm o direito e o potencial para ser pais melhores, porque geralmente os pais acham que nunca vão conseguir, principalmente na adolescência parece que os filhos ficam mais distantes, mas os pais descobrem neles mesmos a potencialidade de melhorar.”
Rosicleia Castro falou sobre a experiência de participar dos encontros: “Foi excelente, quando eu vi o anúncio da escola de pais eu vi que tinha temas muito importantes. Eu tenho dois filhos e um já é adolescente, tem alguns conflitos, e os encontros trabalham desde a gestação até a cidadania, foram temas ótimos, muito aprendizado, foi uma chance de mudar”.
Ao final da cerimônia, Renato Ribinski conta que vê a emoção dos pais como uma parte do crescimento e do entendimento, quando se descobrem potenciais para melhorar. “As mães sempre se envolvem mais, mas os pais também precisam comparecer. Essa escola é para pais, futuros pais, avós, cuidadores, assistentes sociais, todas essas pessoas podem se envolver e devem se capacitar para educar cidadãos”.
Gilberto e Alexandra contam que foi possível perceber a evolução e a vontade em aprender dos pais. “Você vê a cada assunto um despertar, é gratificante. Teve choro, teve riso, muita emoção”, comenta Alexandra.
Após o final da celebração, todos se reuniram para um lanche promovido pela escola, onde puderam finalizar as comemorações.
Texto e fotos: Mariana Huller