Por Humberto Pinho da Silva
Durante anos frequentei assiduamente a Casa da Beira – Alta, no Porto, e participei nos almoços de confraternização, que se realizavam mensalmente.
Numa quarta-feira – fria e chuvosa, – sentei-me junto a cavalheiro, de meia-idade, que logo entabulou conversa. Vivia no Porto, mas tinha vinhedos na Beira – Alta, que produziam excelente vinho do Dão. – Segundo disse.
Depois de me aconselhar a visitar a vinícola de D. Miguel, em Nelas, a conversa derivou para a Internet.
Nessa recuada época nada sabia de informática – como ainda nada sei.
Após rasgados elogios à ” via rápida do conhecimento” disse-me que ela era faca de dois gomes: tanto era boa como má. Dependia da forma como era usada.
A conversa foi escorregando para outros temas, v.g. a bonita cidade de Viseu.
Hoje quem não tem Internet ou não sabe manejar o computador, é quase analfabeto.
Infelizmente a população idosa, em geral, desconhece como trabalha o computador, e anda aflita para tratar seus problemas junto das repartições públicas, que remetem quase tudo para sites e informa através de e-mail.
Acrescenta-se que muitos auferem reformas tão insignificantes reformas, que mal chega para adquirir medicamentos, quanto mais computadores.
O único remédio é desenrascaram-se e pagar a quem o faça, dando a conhecer, a estranhos, a vida privada.
Eu sei que estamos numa sociedade que é quase indiferente com os idosos pobres e remediados, mas seria de grande justiça – não são os velhos cidadãos como os outros ? – que as entidades atendessem, também, pessoalmente?
Bem sei que quase ninguém pensa nos nossos idosos. Os responsáveis tão entranhados andam nos problemas da nação, que nem se lembram da população pobre e idosa, que vive só, desamparada de tudo e todos.
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