Temos entre outros, como estressantes e danosos tripés: o “perdi ou me roubaram”, “desorganização e descontrole” e o malvado “me esqueci”.
No meu tempo de Grupo Escolar Procópio Ferreira Caldas, em Pinhão, nos anos de 1963-1967, e como é o papel da educação, aconteceram muitas coisas que ficaram na nossa memória e formação e que seguido refletimos e aplicamos na nossa vida até os dias de hoje. E não esqueço das professoras que tivemos: Maria José Ferreira de Almeida, Tereza Zarpellon, Judith da Rocha Bueno, Nilza Ribas Miguel, Edite Padilha Basílio, Sebastiana Senhorinha Baggio e Mariza Gruskoski,
Um aprendizado é o legado reflexivo do “perdi ou me roubaram”, que várias vezes ouvimos na época, de colegas desorganizados.
Uma coisa que nos tira do ar, nos estressa muito, é precisar de alguma coisa, ter que procurar, perder tempo e não encontrar, e aí vem à tona “o perdi ou me roubaram!”.
Somos e até forma meio doentia, guardador de coisas e isso tem o lado bom de você ter, aproveitar e não precisar comprar um montão de coisas, e se evitar desperdícios, mas tem o inconveniente de se ocupar muito espaço e tempo em organizar essa guarda e arquivo.
Tempos atrás sumiu uma velha bicicleta azulona que tínhamos, e que tivemos um trabalhão dando e gastança com sua reforma. Era até para fazer Boletim de Ocorrência-B.O, e casa de ferro espeto de pau, tempo passou e foi bom não fazer, pois descobrimos que a bicicleta fora descartada em operação desapego, sem nossa autorização e sem nos ser comunicado, e estresses e coisas da vida e do âmbito familiar.
Atualmente estamos com uma botina e um tênis usados desaparecidos, e em busca de uma explicação com o sumiço. O estresse não é nem tanto pelo prejuízo de aquisição de substitutos, mas pelo mistério, do que ocorreu, e daí vem a ideia pouco provável de furto ou do ocorrido com a azulona.
Ferramentas de veículos e da atividade rural, que outras pessoas também usam e atuam, é uma espécie de um quase “Deus nos acuda!”, pois, já nos deparamos até com sumiço de estepe, e daí fica naquela perderam ou me furtaram, não se aplicando na hipótese e regra o “Perdi ou me roubaram”.
Este escriba e pensante apesar de relativamente organizado, e não ter em mais de 40 anos de advocacia perdido nenhum documento e prazo processual, sofre com extravios temporários, e estresses do “onde foi que deixei?”, e não tivemos Covid-19 e não quer ser acometido de Alzheimer. E odeia e só usa para humor, se desestressar o legado do “Perdi ou me roubaram!”, dos tempos de infância e escola primária.
Este atua como uma espécie de preceptor de uma neta, que ainda com 5 anos faz muita bagunça com suas coisas e casas que habita, extravia coisas e que mesmo assim também as encontra quando se pede alguma coisa. E a mesma já ouviu deste várias vezes, o “Quem não zela do que tem, não pode reclamar do que não tem”, de filosofia de vida e pregações de praxe.
E os transtornos e prejuízos do malvado “me esqueci”, também é impactante. Mesmo se fazendo registros, agendamentos, planejamentos estratégicos tais ocorrem, já dá para imaginar o danos, dos que levam a vida na louca, na improvisação, nos açodamentos, ansiedade e outros males.
Isso tudo reforça a importância de se esforçar para se organizar, ter o controle das coisas, pois, que assim não agir, a lógica é se ferrar, ter prejuízos, estresses, e “a vida é curta demais para ser pequena”, como dito pelo político britânico e conservador, Benjamin Disraeli (1804-1881), de citação do professor e filósofo Mario Sérgio Cortella, de quem somos discípulo.
(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e cidadão).
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