Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Anos atrás e mais especificamente em 1998 (há quase 23 anos) elaboramos uma reflexão, que foi intitulada Radiografia através de números, publicada na edição de dezembro/1998 do Jornal “Fatos do Iguaçu”, em que fizemos um resumo da situação dos Poderes  Executivos e Legislativos de Pinhão, via números que é interessante ser comparado com  os números da situação de hoje. Também na edição nº. 58, de 21/10 a 5/11/1999  do já citado Jornal foi publicado números de uma prestação de contas dos nossos dois anos de Presidência da Câmara de Pinhão (1997-1998) e que são históricos e reveladores  de linhas de ações de austeridade, eficiência e eficácia que estão se escasseando com o tempo nas Vidas Públicas, entre as quais de Pinhão.

Temos também o entendimento de que pessoas também podem ser sopesadas através de números que tenham relação a vida de cada um. Só para dar uma ideia: idade, anos de casamento, tempo de filiação a um partido político, número de anos em atividades, nº. de filhos.  nº.  de atos interessantes e úteis, números patrimoniais,  número de metas e anseios que tenha, e aí por diante. E  números em regra são reveladores, e podem até  em poucas linhas ser biográficos.

Numa crônica de 11/01/2013  nos atribuímos um nota e número 5,5, sem uso de numerologia, cabala,  esoterismo ou essas coisas de 7  conta de mentiroso e 13 nº. do  azar. E numa escala de valores feita em 16/06/2018 de 18 itens (amor, autoestima, deveres, direitos, disciplina, bens, espiritualidade, economia, estudos, ética, família, lazer, organização, paz,  poder/prestígio, segurança, simplicidade,  trabalho) o nosso número foi 7,9, que se feita escala por conhecidos, o número não variaria muito.

O médium Chico Xavier escreveu mais de 450 livros;  o  escritor Machado de Assis, que viveu nos anos de 1839-1908, escreveu 10 romances, 219 contos, 10 peças teatrais e mais de 600 crônicas;  o músico Teixeirinha, gravou mais de 700 músicas; o professor e filósofo Mario Sérgio Cortella, leu mais de 10 mil livros e já escreveu mais de 20; o professor e colunista da Gazeta do Povo, José Wanderlei Dias, escreveu 10.227 crônicas; Ulysses Guimarães, foi Deputado Federal por 11 vezes, são alguns exemplos de números biográficos; e números relacionados a atos de pessoas mais simples, são também reveladores, e dignos de serem respeitados e considerados.

Em  outras palavras,  através de números pertinentes a vida de cada um,  em  meia dúzia de  linhas você apresenta uma espécie de currículo básico de um ser. Em regra, e por mais simples que seja a vida de cada pessoa, dão páginas e páginas de escritos (livros). E como dizia o saudoso escritor e dramaturgo Ariano Suassuna (1927-2014), histórias de coisas boas, sucesso, realizações são até chatas de contar e ouvir, mas, das peripécias, sofrimentos, sufocos, são mais atraentes de contar, mais fáceis de ouvir. Por fraquezas humanas é  mais comum ser solidário na desgraça, tragédias  do que no sucesso dos outros. A linda e real história de amor de Ariano Suassuna por Zélia, para muitos é coisa xôxa.

O forte deste escriba nunca foi matemática ou disciplinas das ciências exatas, que o diga o fato de ter se tornado um profissional da área humanística, mas nunca deixou de ter um fascínio por números, e lida com o básico de livro caixa e escrituração contábil  para fins tributários, vida patrimonial, financeira e faz muitas contas para tomadas de decisões.

E quando cursou Administração Pública nos anos de 2011-2014 sofreu com matérias de contabilidade,  estatística, matemática financeira,  e quando faz orçamento para fazer alguma coisa, raramente os números orçados não estouram, e se não bota os pés pelas mãos e não se atola em enrascadas, por ter pés no chão, MECANISMOS DE DEFESA, ser adepto do simples, pragmatismo,  planejamento, prevenções, na linha do que dizem e até do folclore “que  gaúcho prevenido vale por dois”, mas este como só é pinhãoense e paranaense vale por um, o que para quem é 5,5  já está louco de bom, ainda que que se almeje e se anseie por um mínimo de 7, bem distante do ideal e fascinante 9.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).

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