Sem dúvida alguma George Orwell foi um dos grandes escritores do século XX, um dos maiores, e seus livros estão entre aqueles que mais influenciaram esse canalha que vos escrevinha. Mas não é a respeito disso que pretendo falar. O babado é outro. Então, vem comigo.
Sinalização de virtude é uma das grandes pragas do nosso tempo. Talvez seja a maior de todas. Praga essa que se caracteriza pelo desejo de parecer um moço bonzinho perante o olhar de todos e, principalmente, diante dos holofotes da grande mídia e das redes sociais sem, é claro, necessariamente ter de se esforçar para ser uma pessoa realmente boa.
Os tiozões chamam esse tipo de comportamento de hipocrisia. É, um dia foi. Atualmente o trem descambou de vez para o mais puro e rasteiro cinismo.
Há muito Georges Bernanos, um grande escritor e um tremendo tiozão, resumiu essa encrenca toda quando disse que existem apenas dois tipos de pessoas: aquelas que são boas e pensam que não prestam; e aquelas que não valem a farinha que comem, mas se consideram o bicho da goiaba.
Um exemplo bem ilustrativo dessa cínica sinalização de virtude é a galerinha do “fique em casa”. Gente chique, de fartos recursos, ou de ganhos consolidados por meio de um concurso público, que ficava, até recentemente, aparecendo em tudo que é canto dizendo, cheio de afetação moral e de razão [depre]cívica, que todos deveriam ficar em casa, mesmo que isso significasse definhar lentamente de inanição, pois, segundo os mesmos, “a economia a gente vê depois”.
É. Como nos ensina George Orwell, em tempos como esse, em que atualmente vivemos, nos esforçarmos para ver aquilo que temos diante de nossas ventas requer uma luta constante. Sem trégua.
Pois é. Mas voltemos ao ponto. Enquanto a galera chique e limpinha diz para todo mundo ficar em casa, definhando, muitos deles desfrutam das delícias presentes em praias paradisíacas com sua família; já outros globais do “fique em casa” foram aglomerar em Fernando de Noronha, porque, “sacumé”, ninguém é de ferro; mas nós, amigo leitor, temos que mofar num cárcere sanitário porque aqui, ao que tudo indica, todos são iguais, mas, porém, todavia, entretanto, alguns são mais iguais que outros, tal qual nos é apresentado pelo livro “A Revolução do Bichos”.
Houve, inclusive, um governador, de calça apertadíssima, representante autoproclamado da ciência e da verdade, que foi tchau-tchau para Miami, curtir um sol e pisar na areia, mas algo deu errado em seus planos. Lembram-se? Que dó. Ele disse que houve alguns imprevistos e, é claro, todos acreditaram, como também ninguém levantou nenhuma dúvida quando seu secretário de saúde, vendo seus planos políticos/sanitários azedarem, disse que não deveríamos ser tão científicos assim, pois, como nos ensina Orwell, muitíssimas vezes a linguagem política destina-se apenas a fazer com que a mentira soe como verdade e o engodo pareça respeitável, prudente e sofisticado.
E não podemos nos esquecer do prefeito da cidade que nunca dorme, mas que ultimamente não está podendo trabalhar direitinho devido a tirania sanitária. Ele, o prefeito, como todos sabemos, disse para os cidadãos ficarem em casa e evitarem aglomerações e, como bom-moço que é, trancou a cidade e foi para o estádio do Maracanã – porque ele pode – para assistir a final da tal Libertadores da América e, para o azar dele, o seu time perdeu para o time do “Presidento”. Tadinho.
Bem, noves fora zero, o prefeito não viu nada de errado no que fez. Nem ele nem o tal do governador que fala em nome da ciência, porque, ao que parece, enquanto bons cosplays de Luís XIV, eles acreditam que são a encarnação rediviva do Estadossauro, que seus delírios políticos são sóis e que tudo deve arrodear em torno deles numa ciranda sem fim.
Enquanto isso, noutro canto da Via-Láctea, encontramos mais de duzentos estudos científicos, boa parte deles revistos, que atestam que o uso do medicamento maldito, a cloroquina, apresenta bons resultados quando administrado no comecinho da doença, na dosagem devida. Não apenas isso. O próprio Facebook reconhece que “cometeu um erro” ao censurar uma postagem a respeito de estudos que apontavam para a efetividade da hidroxicloroquina como um tratamento contra a COVID-19.
Detalhe: não apenas esse, mas outros medicamentos, tão baratos quanto a cloroquina – outros nem tanto – apresentam resultados similares.
É. Quantas vidas poderiam ter sido salvas? Quantas? Só Deus sabe.
Por essas e outras que, como mais uma vez nos ensina Eric Arthur Blair, em tempos de embustes universais, dizer a verdade se torna um ato tão temerário quanto revolucionário.
E quanto aos números? Bem, lembro aqui aquilo que nos é ensinado por Benjamin Disraeli: há, nesse mundo, três tipos de mentiras. As mentiras, as mentiras deslavadas e as estatísticas.
Sobre isso, vejamos: de acordo com levantamento feito pelo jornalista Guilherme Fiuza, em agosto do ano passado, das 100 mil mortes, à época atribuídas à COVID-19, mais de 70 mil possivelmente foram ocasionadas por outras causas.
O referido jornalista explica que há inúmeras doenças que tem um número médio de mortes por ano em nosso triste país e que, em 2020, misteriosamente, muitas dessas enfermidades tiveram uma queda acentuada no número de óbitos.
Vejamos: entre o período de 16/03/2020 e 10/08/2020 houveram 34.355 mortes a menos por pneumonia; 9.458 mortes a menos por Infarto; por AVC, 5.476 a menos; por insuficiência respiratória foram menos 4.558; e, por septicemia, tivemos 16.837 óbitos a menos; totalizando 70.684 mortes a menos da média dos anos anteriores. Falecimentos esses que podem estar entre os cem mil óbitos, da época referida, que foram colocados na conta do vírus chinês.
E não nos esqueçamos que inúmeras pessoas foram denunciadas por inflar o número de óbitos e por desviar bilhões dos recursos sem licitação no combate ao Covid-19. O chamado COVIDÃO. O bicho não é nem um pouco bonito.
Por fim, quantas vidas o lockdown [o tal do fecha tudo] preservou? Não sei. E sejamos francos: é difícil dizer. Agora, quantos empresas e negócios faliram por conta do lockdown? Quantos empregos desapareceram? Também não sei, mas não é muito difícil de averiguar. Nem um pouco.
Aliás, como nos lembra George Orwell, no seu 1984, não se estabelece uma ditadura para proteger uma boa intenção [revolucionária]. Instala-se sempre uma ditadura em nome de uma boa intenção [revolucionária]. Principalmente quando essa boa intenção vem acompanhada da disseminação do pânico generalizado.
Enfim, seja como for, há algo de muito podre no reino de Lalalândia. Bem podre mesmo. Talvez, por isso, alguns “especialistas” estão sugerindo que de agora em diante todos nós devemos passar a usar duas máscaras, ao invés de apenas uma.
Escrevinhado por Dartagnan da Silva Zanela
Critique, elogie, esculhambe, avacalhe, só não fique indiferente.
Obs.: sobre o rolo do leite condensado recomendamos a matéria e o vídeo que seguem nos links abaixo:
Link 01:
https://www.brasilsemmedo.com/entenda-por-que-o-governo-compra-tanto-leite-condensado-e-chiclete/
Link 02:
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Essa iniciativa tem o apoio cultural de XerinhoBão – difusores, home spray, águas de lençóis & óleos essenciais DoTERRA. Acesse: https://www.mydoterra.com/dilvanacaldas/#/
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