Evaneide de Jesus, bibliotecária da Biblioteca Municipal de Pinhão (Foto: Luana Caldas Martins)

Passar 1h nas redes sociais ou lendo um livro leva a consequências muito diferentes

Por Luana Caldas Martins | Estagiária de jornalismo

Ler rotineiramente permite trabalhar a criatividade, a imaginação, a memória, contribui para o aumento do vocabulário e da escrita. E ainda, a leitura promove o contato com outras culturas e experiências tornando o indivíduo mais rico nesse aspecto e mais empático no meio social.

Na prevenção de doenças como o Mal de Alzheimer, o hábito da leitura estabelece conexões entre as áreas do cérebro e promove uma vida mentalmente ativa, adiando os efeitos da doença. Diante disso e observando a pesquisa do Instituto Pró-Livro, “Retratos da Leitura no Brasil”, levanta-se a questão: Por que o costume de ler ainda é incomum? Os dados de 2016 mostram que 44% da população não lê e 30% nunca comprou um livro. Nos motivos para o distanciamento do hábito, 43% dos entrevistados destacam a falta de tempo.

BIBLIOECO

A Escola Municipal Água Verde participou do Prêmio Sesi “Peça por Peça” 2019, com o projeto Biblioeco: ler para mudar a realidade. Na primeira fase, a escola foi classificada na categoria de 10 escolhidas e recebeu R$ 5.000,00 como premiação, na etapa seguinte a conquista foi de uma escola da cidade de Curitiba mas o andamento da biblioteca continua. A diretora Patricia Lourenza Ribeiro relata que a escolha do projeto se deu pela importância do incentivo à leitura e pelas necessidades da instituição “A gente têm vários exemplares, mas não tem o espaço adequado” diz. Segundo ela, os alunos estão muito ansiosos, a escola está recebendo doações de livros e a expectativa para a finalização da biblioeco é o início do ano letivo de 2020. Sobre a relação com a era smart, Patricia comenta “Eu acho importantíssima a tecnologia mas o uso que os alunos fazem dela geralmente é pra diversão e não informação, então através da leitura eles têm o conhecimento que muitas vezes não buscam no computador”.

Diretora da escola Municipal Água Verde Patricia Lourenza Ribeiro ao lado do mural da escola. | Foto: Luana Caldas Martins

GERAÇÃO SMART

A tecnologia pode ser aliada ou inimiga da leitura em alguns casos, aliada na disponibilidade de livros virtuais, Audiobooks, PDFs, conteúdo digital com maior alcance. E inimiga na oferta de meios eletrônicos como distração principalmente nas crianças, nos adultos a relação com os smartphones já passou a ser de dependência. A leitora Maria Isabela Andrade reforça isso em seu depoimento, encontrando dificuldades em conciliar as duas coisas “a tecnologia atrapalha de certo modo porque é outra coisa para dividir o tempo, mas também facilita, sendo mais acessível para encontrar os livros”.

Manusear leitura e tecnologia em harmonia exige dedicação por iniciativa própria e de influência, a escolha entre passar 1h nas redes sociais ou ler 20 páginas de um livro é totalmente pessoal e direciona a consequências muito diferentes.

BIBLIOTECA MUNICIPAL

A Biblioteca Municipal de Pinhão dispõe de um grande acervo literário. Evaneide de Jesus, bibliotecária, conta que está no cargo há um mês e se surpreendeu com a quantidade de procura que a instituição possui “As pessoas têm acesso a várias coisas relacionadas à leitura: empréstimos, pesquisa, impressão” diz.

O público é muito variado, crianças, alunos, professores e comunidade, nesta última, principalmente idosos e universitários, explica. Os empréstimos das obras são por cinco dias, com possibilidade de renovação, para realizá-los é preciso fazer um cadastro que gera a carteirinha. Os documentos necessários para o cadastro são RG e CPF do solicitante e do responsável, caso o primeiro seja menor de idade.

Compartilhe

Veja mais