Com 3 indicações ao Oscar 2019, o filme entra para a lista de longas que abordam racismo ao lado de Green Book, Pantera Negra e Infiltrado na Klan

Por Sara Rodrigues

O livro “Se a Rua Beale Falasse”, de 1974, escrito por James Baldwin, ganhou adaptação para o cinema. Com 3 indicações ao Oscar 2019, o longa estreia no dia sete de fevereiro nas telonas brasileiras.

A história de amor do casal Tish, interpretada por Kiki Layne, e Fonny, interpretado por Stephan James, sofre impacto quando o rapaz, de 22 anos, é acusado de ter estuprado uma mulher. Mesmo morando em um bairro composto, em maioria, pela população negra dos Estados Unidos, o casal passa por situações de racismo. Seja por conta de um crime não cometido, no caso de Fonny, ou por assédios, no caso de Tish.

A noiva de Fonny decide contratar um advogado para tentar livrar o rapaz da cadeia. Tish é uma moça doce e tímida, mas que se mostra extremamente forte e independente quando precisa defender o noivo. Mesmo assim, a atriz foi tão expressiva a ponto de garantir uma vaga ao Oscar de melhor atriz.

Quem ganhou destaque no filme foi Regina King, que faz o papel da mãe de Tish e concorre ao Oscar de melhor atriz coadjuvante. O papel dela é importante porque ela demonstra ter muito mais cuidado com o genro do que a própria mãe dele. A atuação dela é expressiva, forte e que representa o poder feminino.

Quanto ao roteiro adaptado, que é uma das categorias de indicação ao Oscar, é muito interessante acompanhar como o filme foi conduzido, com leveza, lembranças e momentos que causam dor no espectador. A união da cinematografia ao roteiro é linda de se ver. As cores do filme enchem os olhos e fazem sentido com a história. É harmonioso.

O filme também concorre à categoria de melhor trilha sonora original, que foi composta por Nicholas Britell. O compositor também foi responsável pela trilha sonora do filme “Moonlight”, de 2016.

“Se a Rua Beale Falasse” é mais um filme na lista de indicados que critica o racismo. A partir de sete de fevereiro nos cinemas.

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