Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Final ou início de ano, é um tempo adequado para reflexões, e resiliência é um bom tema para o momento que Pinhão vive.

E entre vários conceitos se pode dizer, que é capacidade que um indivíduo ou uma população apresenta, após momento de adversidade, conseguir  se adaptar ou evoluir positivamente frente  a uma situação desagradável que passou.

É entre outras coisas capacidade de se reerguer, tal qual   Fênix da mitologia grega, que ressurgiu das cinzas. É resistência, adaptação, superação e motivação para novos desafios e embates.

Entre outros exemplos: Glória Perez, que  há 25 anos atrás perdeu a filha Daniella Perez e liderou exitosa luta para inclui certos homicídios como hediondos e aumentar pena. O próprio homicida, fez teologia e virou pastor; a Lei Maria da Penha, é em homenagem a uma vítima de marido agressor.

É aquela velha história de diante de revezes, ir para frente, desde que não esteja à beira de um precipício, em que recuo é estratégico; de um limão fazer limonada; de tirar proveito (experiência positiva) dos erros, das falhas.

Está na moda,  fazer exercício em academias, caminhadas, corridas. Mas também, constatamos muitas  comilanças, beberranças, excessos. Celular,  WhatsApp, facebook, são ferramentas muito importante e úteis, mas a gente constata que  em muitos meios e seres, geram ócio, lazer não construtivo,  falta de vontade e tempo para pessoas trabalharem e estudarem.

Créditos facilitados, empréstimos consignados; possibilidade de compra de veículos para pagar em 5  anos, fazem com que muitos deixem até de fazer cálculos  básicos, e não resistam tentações de consumismo. E muitos nem buscam fazer carteira de motorista (CNH), ou deixar seus veículos, motos e utilitários com IPVA, seguro, enfim documentos em ordem e dia, e acabam se metendo em enrascadas, vida ilegal que alimenta a corrupção. Resistir essas tentações, é também resiliência.

Você não precisa perder um ente querido, ter uma lesão em acidente, para se tocar  dos perigos do trânsito, e se preocupar com direção defensiva e excesso de velocidade, e não dirigir após ingestão de  bebida alcoólica.

Virou moda também, excesso de exposições, xingamentos, crimes contra honras, principalmente injúrias em Redes Sociais, e resitir a essas tentações também são resiliências.

O caso ALECRIM da lamentável ocorrência do dia 1º/12/17, oferece uma gama enorme de material para profundas reflexões, e ações de resiliência, para entre outras coisas, mudanças de paradigmas,  buscas de prevenções, vida legal, bom senso e conscientização de que fora da ordem, e principalmente da  jurídica não há salvação. Foco em resiliência é pertinente.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista |  E-mail advogadofrancal@yahoo.com.br

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