Um assunto tão silencioso, que só tem um jeito de ser enfrentado: falando dele. Segundo a revista Galileu, existe um mito de que pessoas que falam em suicídio só o fazem para chamar a atenção e não pretendem, de fato, terminar com suas vidas. “Isso não é verdade, falar sobre isso pode ser um pedido de ajuda”. Etiologicamente pode-se definir o suicídio como “o ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida. Podemos assim dizer que o suicídio inclui uma gama de situações muito complexas, cujos contornos são vagos e indefinidos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2020, aproximadamente 1,53 milhões de pessoas morrerão por suicídio no mundo. Tendo em vista que o suicídio está entre as três principais causas de morte entre os jovens e adultos de 15 a 34 anos, embora a maioria dos casos aconteça entre pessoas com mais de 60 anos. As estimativas, conforme informações da OMS, a média de suicídios aumentou 60% nos últimos 50 anos, em particular nos países em desenvolvimento. Através da observação dos casos de suicídios, pode-se constatar que há certos fatores que estão relacionados a uma maior ou menor probabilidade de cometer o suicídio. Por exemplo, as mulheres tentam o suicídio 4 vezes mais que os homens, mas os homens o cometem (isto é, morrem devido à tentativa) 3 vezes mais do que as mulheres. Isso se explica pelo fato de os homens utilizarem métodos mais agressivos e potencialmente letais nas tentativas, tais como armas de fogo ou enforcamento, ao passo que as mulheres tentam suicídio com métodos menos agressivos e assim, com maior chance de serem ineficazes, como tomar remédios ou venenos. A idade também está relacionada às taxas de suicídio, sendo que a maioria dos suicídios ocorre na faixa dos 15 aos 44 anos. Além disso, uma pessoa que já tentou cometer o suicídio anteriormente tem maior risco de cometê-lo. A maior parte das pessoas com intenção suicida comunica seus pensamentos e suas intenções suicidas por meio de palavras, e apresentam temas como sentimento de culpa, desvalia, ruína moral e desesperança. A forma mais pragmática é a divisão entre fatores de risco modificáveis e não modificáveis, na qual o impacto de alguns fatores de risco pode ser reduzido ou não por meio de intervenções. Os fatores de risco relacionados que pode desencadear o ato de por fim à própria vida são:  Doenças mentais Aspectos sociais • Depressão; • Transtorno bipolar; • Transtornos mentais relacionados ao uso de álcool e outras substâncias; • Esquizofrenia; • Paciente bipolar• Desempregado, Isolamento social;•Populações especiais: indígenas, adolescentes e moradores de rua. Aspectos psicológicos Condição de saúde limitante “Crônica” • Perdas recentes; • Pouca resiliência; • Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável; • Ter sofrido abuso físico ou sexual na infância; Suicidabilidade: Ter tentado suicídio, ter familiares que tentaram ou se suicidaram, ter ideias e/ou planos de suicídio. Mas em outros aspectos encontramos fatores que nos ajudam a ter uma vida mais dinâmica.Fatores protetores: autoestima elevada; laços sociais bem estabelecidos com família e amigos; religiosidade; ausência de doença mental; estar empregado; gravidez desejada e planejada; acesso a serviços e cuidados de saúde mental; buscar ajuda quando encontrar dificuldades, participação em atividades esportivas, boa alimentação, bom sono, luz solar, ambiente sem drogas…

Joilson José Dias de Oliveira –  Psicólogo, pós graduado em dependência química

Formado em Práticas Restaurativas  – CRP: 08/17658

 

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