Por Dartagnan da Silva Zanela (*)
Todo tonto metido a sabido, que leu meia dúzia de páginas de qualquer porcaria marxista, ou de uma outra tranqueira similar, diz que toda pessoa que tem uma fé religiosa seria apenas um coitado que crê em algo que não se pode ver. Bobagem. Bobagem de gente sabidamente metida.
Isso mesmo. Tal afirmação não passa de coisa de gente muito tonta porque, antes de qualquer coisa não são capazes de se enxergar, pois o caboclo tem que ser muito, mas muito cego mesmo (ou cínico) pra continuar crendo nas sandices marxistas depois de todas as desgraças semeadas por essa trem fuçado ideológico.
E não apenas por isso. Tem outra. Na verdade, duas razões que gostaria de destacar.
A primeira: ter fé é nutrir uma inabalável confiança em alguém e, por isso, todo bom fiel direciona as suas forças para procurar ser fiel a esse alguém que é Nosso Senhor e isso nada tem haver com “crer no que não se vê”.
Quanto a segunda: o caboclo procura ser fiel a Deus, e teme não o sê-lo, porque ele dá inumeráveis sinais de sua presença em nossa vida. Isso mesmo. Inúmeros.
Ora, não conheço uma única pessoa que tenha fé em Cristo que não tenha sido ao menos uma única vez na vida atendida em suas preces, nem que fosse a mera cura duma unha encravada ou duma dolorida hemorroida.
Agora, pergunte a um fiel da Igreja marxista da revolução dos últimos dias o que a divindade ideológica dessa capela sombria cumpriu do que fora prometida por ela. Peça para que ele aponte um único país que sofreu uma revolução desse naipe que não tenha apenas colhido tragédia, genocídio, democídio e miséria. Ah! Não se esqueça que perguntar não ofende.
Pois é, toda pessoa minimamente razoável vislumbra facilmente a resposta, porém, é de espantar vermos os fiéis do marxismo continuarem a confessarem-se marxista mesmo depois dos inúmeros erros que foram semeadas por essa tranqueira.
Imagino que, assim o seja, porque um caboclo tem de ter uma baita coragem intelectual para reconhecer que tudo aquilo que dá sentido para sua vida não passa duma sinistra patacoada. Não deve ser fácil. Bem, eu sei que não é fácil porque passei por isso em minha porca mocidade.
Resumindo o arranca-rabo: O caboclo tem que ser muito, mais muito cego pra não enxergar o óbvio ululante.
Aliás, confessar-se fiel dessa capelinha do Butantã isso sim, meu caro, é que é crer no que não se vê; crer no que, de fato, não existe.
(*) Professor, cronista e bebedor de café.
ARRANCANDO OS OLHOS
12/08/2017 - 10:24
Autor: Naor Coelho