Não encontrei meus rumos
nem aguada pra saciar,
minha alma empoeirada,
das coisas do meu estradear,
mirando o horizonte,
e uma réstia de luar,
pra que o antes de ontem
voltasse a brilhar.
Nem nas madrugadas,
quando me ponho a montar,
meu caminho não encontro
pra um anseio alcançar,
um seco rangir de bastos
fazendo ressonâncias,
com cheiro de pastos
e alvoroteio de estancias.
Alço a perna e apeio
num recomeço e um fim,
de devaneios e pensamentos
trazidos donde vim,
a vida passando
como um xucro clarim,
e os sonhos que tenho
Não cabem em mim..!!
Marcos Serpa de Lima – Escritor e Compositor