Perdeu a china dos sonhos
a que era pro costado,
perdeu por encabulado,
peão de campo e mato,
ninguém manda ser pacato,
grosso e orelhudo,
peão de pouco estudo,
taura de pouco trato.
De pronto sempre aparece
os letrado e “resorvido”
cheio de manha e lambido,
as “veis” até uns trocado
com conversinha e tranquilizante,
levam a china por diante,
e o namoro ta atado.
Pois te digo meu parceiro,
esses papinho de careta,
desses que vivem de treta,
tem prazo – tu me creia,
logo, logo a tal teia,
bem no meio – arrebenta,
a china bufando as ventas
e no cambicho entra areia.
Um taura de “poca” prosa
que mantém sua identidade,
sem luxo e nem vaidade,
sempre tem quem lhe mereça,
deixa que o tempo prevaleça,
pois ele é soberano,
quem vive trocando pano,
não bate bem da cabeça.
Mazzaaaaa meu amigo João Luiz Fernandes, bem desse jeito o fim do romance, ai pela Cabanha Monte Maria.
Marcos Serpa de Lima
Escritor e Compositor