A visão de preconceito que temos corre o risco de ser limitada a preconceito racial, de classes, contra os homossexuais e outros. Mas, preconceito vai muito além. O sentido da palavra preconceito é ter uma ideia formada antes, ou ainda uma opinião preconcebida, sem um fundamento correto. Via de regra cometemos esse erro, se você recebe uma ligação “fora de hora”, no atender você já teve uma ideia preconcebida de que alguém morreu, ou ainda sofreu um acidente. Se o seu chefe chega no início do dia e pede que você passe na sala dele ao final do dia, sua mente cria um mundo de preconceitos, “o que eu fiz?”, “será que vai me mandar embora?”. Agora, quero pensar um pouco com você sobre o maior preconceito de nossos dias – o preconceito financeiro. Talvez, num primeiro momento você não concorde, mas pense sobre isso e vai perceber que tenho razão. Infelizmente há muito preconceito tanto com o pobre quanto com o rico. A pessoa pode ser a mais “dura”, financeiramente falando, mas dependendo de sua roupa, carro, ela entra em qualquer lugar. Agora, tem o outro lado, conta-se que certo fazendeiro chegou em uma concessionária com a intenção de comprar 2 camionetes, a vista; o problema é que suas roupas estavam sujas da “lida” e, ninguém veio lhe atender, e quando alguém chegou até ele, não demonstrou interesse. Olha-se diferente, para aquele que se veste melhor, assim como se olha diferente, para aquele que entra num lugar apenas de chinelo. Vou além, julgamos, de “metido” aquele que anda de carro novo e consideramos “humilde” aquele que simplesmente luta, pelo seu pão de cada dia. Devemos tomar cuidado, porque não significa que todo o que tem muito é “orgulhoso” e todo o que tem pouco é “humilde”. A soberba, o orgulho não escolhe classe social, muito menos cor. Vemos pessoas que tem muito que são exemplo de humildade e vemos pessoas que tem pouco que amam viver de aparência, “se acham” mais do que os outros.
Que tenhamos cuidado no dia a dia, e não tratemos os outros baseados no que tem ou não, e sim baseados no que são. Jesus veio derrubar todo e qualquer tipo de preconceito, nascendo assim numa simples manjedoura (espécie de cocho, onde os animais se alimentavam), deixando o exemplo de humildade para seguirmos seus passos. Que Deus nos livre de aproximarmos dos outros apenas por que tem ou porque não tem. Coisas são coisas e pessoas são pessoas e que nenhum preconceito financeiro atrapalhe novas e velhas amizades. Cumprimente, seja simpático, converse, se aproxime, tanto do rico quanto do pobre. Deseje feliz natal para todos, independente de roupa, ou carro, ou casa. E vamos sim vencer o preconceito financeiro amando a DEUS em primeiro lugar e ao próximo. Quem é o meu próximo? Não defina seu próximo como aquele que tem e aquele que não tem. Não trate as pessoas como dinheiro e o dinheiro como pessoas. Que DEUS tire de nossos olhos, as lentes do preconceito financeiro e como diz a Palavra de Deus, “façamos o bem a todos”.
rev Sandro – Igreja Presbiteriana do Pinhão – uma igreja acolhedora.