Por Dartagnan da Silva Zanela (*)
Se há um professor com o qual tenho uma dívida de gratidão imensurável é o filósofo Olavo de Carvalho. Sim, sou devedor de muitas outras almas aquilatadas, muitas delas já se encontram entre os justos dos céus; outras tantas, como o professor, continuam a ofertar-me lições preciosas com suas palavras e exemplos que muito tem contribuído para o meu crescimento intelectual e moral.
Tais palavras não são, de modo algum, uma rasgação de seda gratuita. É gratidão. Sempre que posso, esterno a todos que tenham, dum jeito ou de outro, estendido a mão em minha vacilante caminhada por esse vale de lágrimas. Aliás, é somente no Brasil contemporâneo que ser grato é um vexame e isso é o reflexo duma sociedade que vem sendo carcomida pelo rancor e pela inveja indisfarçados que se fazem presentes nas incursões verticais da barbarização marxista (e outras estultices do gênero) que toma conta de nosso país.
E vejam só como são as coisas: conheci o autor de “O imbecil coletivo” por acaso. Lembro-me quando vi pela primeira vez o referido livro. Foi no ano de 1998 na estante duma livraria. Achei o título interessante, mas não dei muita pelota. No ano seguinte, num encontro de estudantes de história (imaginem só!), vi o volume dois do mesmo título, porém, não tinha sido aquele o momento que minhas vistas iriam singrar por aquelas laudas nunca dantes folheadas.
O momento capital foi março de 2000 quando li uma entrevista concedida pelo referido autor à extinta revista República que caiu em minhas mãos, também, por acaso. As respostas apresentadas por Olavo de Carvalho eram bombásticas. Nem pestanejei! Fui diretamente à livraria mais próxima e comprei “O Imbecil Coletivo”. Por sorte o livro ainda estava lá. Na mesma semana encontrei o site dele e imprimi tudo o que havia lá e passei a acompanhar atentamente o seu trabalho.
Detalhe: muitas das almas que me auxiliaram em minha caminhada, as conheci por intermédio dos trabalhos e das aulas do Olavo. Por exemplo: Mário Ferreira dos Santos, José Osvaldo de Meira Pena, Ludwig Von Mises, René Guenón, Frithjof Schuon, Eric Voegelin, René Girard e tutti quanti. Quem compreende o que significa educação sabe que isso não tem preço.
Sim, o homem é um gigante. O maior intelectual da atualidade e com toda certeza está entre os colossos de nossa cultura e, por isso mesmo, que os sicofantas escarnecedores o insultam na mesma medida que o desprezam, por pura cretinice, inveja e soberba. Infelizmente, vulgaridades assim, sobram no meio dito letrado brazuca.
Por fim, declaro tudo isso para dizer que a leitura do livro “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”, organizado pelo senhor Felipe Moura Brasil e publicado pela editora Record, é indispensável para todos aqueles que não aguentam mais toda essa patacoada marxistoide e que querem conhecer o que há para além da vã academia, é uma obra imprescindível para todas as almas que estão cansadas de serem tratadas como idiotas pelo establishment. Por essas e muitas outras razões que conhecer a obra deste homem é praticamente um dever cívico e, a leitura desse livro, um bom começo.
(*) professor, cronista e bebedor de café.
DE FATO, ESSE É O MÍNIMO
20/11/2016 - 19:51
Autor: Naor Coelho