Francisco Carlos Caldas

Depois de ficar fora de Pinhão por 13 anos (de 1968 a 8/03/1981), fazendo ginásio, 2º. grau que aqui não tinham;  o curso de direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG, e depois de ter trabalhado por mais de 5 anos da saudosa Rede Ferroviária Federal S.A./RFFSA em Ponta Grossa e Wenceslau Brás, retornamos para a Terra Natal, em 9/03/1981.

            Na época a volta foi um ato de coragem para o nosso padrão, pois tivemos de pedir demissão de um razoável e cômodo emprego, e enfrentar as peleias da advocacia num Município que só virou Comarca em junho/1986, e o estigma de que ninguém é profeta na sua  Terra.

            Nessa caminhada atuamos com professor por 9 anos; voluntariado em entidades como: Clube União e Progresso, CTG, Câmara Júnior, Conselho e Pastoral Paroquial, Lar do Idoso, Sindicado Rural de Pinhão-SRP, e na advocacia participamos de formas diversas na vida de muitas pessoas e famílias; na política 7 eleições disputadas e 4 mandatos eletivos em que procuramos dar o nosso melhor, e não vencemos impactantes batalhas, entre as quais de gestão, eficácia, eficiência na vida pública local.

            Também nesses 40 anos tivemos e temos atividade rural na linha e passos de ancestrais, em Pinhão e Reserva do Iguaçu, e por atividade e moradia urbana e não deixar de lado as peleias do meio rural e bucólico, é que fomos agraciados com uma reportagem na Revista do Produtor Rural, de nº. 22, de novº/dezº/2010, da Região e Guarapuava.

            Um legado que também nos honramos: por ter fascínio por educação e cidadania, e como deixamos de atuar no magistério, por as disciplinas de Educação Moral e Cívica e Legislação terem deixado de existir no Colégio Mórski, numa espécie de sublimação, fizemos uma sala de aula (Cantinho da Cidadania, na rua Nilo Vivier, nº. 89), com o propósito de ter um espaço para repasse de informações, conhecimento e reflexões de nossa gente. E também por essa necessidade educacional e formacional, viramos meio que colunista de jornais locais. E só no “Fatos do Iguaçu”, estamos dando pitacos em assuntos locais diversos, há mais de 23 anos, e é esta a nossa crônica de nº. 590, e no “Fatos”, em torno de 460 delas.

Também em rápido balanço de tudo, em termos patrimoniais tivemos apenas um pequeno crescimento, um tanto por incompetência, limitações, e também por princípios formacionais o que não deixa de ser um certo consolo, num contexto de um País de capitalismo selvagem, onde quem pode mais chora menos, da cultura do patrimonialismo, da esperteza vista como virtude, do levar vantagem, da enganação, de muitos privilégios e exploração dos mais fracos e oprimidos, enriquecimentos ilícitos  e muitas injustiças, ainda que Pinhão, Paraná e Brasil, sejam os melhores lugares do Mundo.

            E agora com 66 anos de idade, e num momento em que o coronavírus Covid-19 e variantes estão aterrorizando  meio que a tudo e a todos e com pandemia em pico,  ainda não desistimos de muitos sonhos, estamos mais focado a sucessão, continuidade, melhorias, formação educacional e ética dos que estão nos sucedendo. E ainda evolvido com trabalho, lazer, leituras, escritos e família, queremos ainda viver por mais uns 28 anos, sem nenhuma pressa de deixar a vida terrena em terras tupiniquins, das araucárias e de Pinhão.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e cidadão.

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