Redação Fatos do Iguaçu

Na primeira avaliação da safra de verão 2020/21, que começa a ser plantada em todo o Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, estima um volume de 24,3 milhões de toneladas de grãos numa área ocupada de seis milhões de hectares, maior área ocupada até agora no Estado. São 65 mil hectares a mais do que a safra anterior, que serão basicamente ocupados pela soja.

Segundo o Deral, cerca de 98% da produção estimada será soja e milho, com predomínio da soja, cujo desempenho está difícil de ser superado. A saca de soja está sendo negociada por um valor superior a R$ 100,00, o que faz os produtores optarem pelo grão.

A Soja deverá ocupar quase a totalidade da área agricultável

 Segundo o Deral, na safra 20/21 o plantio de soja deverá ocupar quase a totalidade da área agricultável do Paraná. Dos seis milhões de hectares agricultáveis no Estado, 5,53 milhões de hectares serão ocupados pelo grão.  Serão cerca de 1% maior em relação à que foi ocupada pela cultura no ano passado, o que demonstra que o plantio de soja é disparado a opção do produtor em busca de rentabilidade na propriedade. O acréscimo de área só não será maior porque não há mais terra agricultável no Estado, disse o economista Marcelo Garrido.

A produção esperada na safra 20/21 é de 20,4 milhões de toneladas, em torno de 1% inferior à produção da safra anterior, que alcançou 20,66 milhões de toneladas, atingindo novo recorde de produção no Estado. Para essa estimativa foram considerados níveis de produtividade normais para a cultura.

Garrido explicou que a produtividade média da soja alcançada na safra anterior de 3,8 quilos por hectare foi acima das expectativas. O resultado foi atribuído aos avanços da tecnologia e aos trabalhos de manejo do solo que vem sendo feitos pelo produtor.

A soja foi negociada na última semana 57% a mais que em 2019

O combustível para essa euforia vem sendo o câmbio, disse Garrido. A saca foi negociada em média por R$ 113,00 na última semana de agosto, valor 57% a mais que a média de agosto do ano passado, quando a soja foi vendida por R$ 72,00 a saca. Segundo Garrido, no mercado externo as cotações estão estabilizadas, mas a nível interno o valor do câmbio está fazendo a diferença. Para se ter uma ideia, o dólar teve uma valorização de 35% no período de um ano.

Além do câmbio, está contribuindo para a valorização da soja a preferência da China em comprar o grão do Brasil em decorrência do conflito comercial com os EUA. Para aproveitar o período favorável, o produtor está antecipando as vendas. Segundo o Deral, 32% da próxima safra de soja já foi vendida, praticamente o dobro do que foi vendido de forma antecipada no mesmo período do ano passado.

Na sexta-feira, (28), a soja tipo 1 foi negociada na regional de Guarapuava a R$ 118,40 a saca de 60 kg.

Fonte: SEAB/DERAL

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