Fotos: Naor Coelho/Fatos do Iguaçu

O evento reuniu mais de 100 profissionais da rede de atendimento

Por Nara Coelho

O Estatuto dos Direitos da Criança e da Adolescência, o ECA, em 2020 completará trinta anos. A Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia legislativa do Paraná, que tem o deputado estadual Tadeu Veneri, PT, como presidente, trouxe à Unicentro a proposta de realizar um trabalho de discussão e comemoração dos 30 anos do ECA na região.

A proposta da comissão é que as discussões se iniciassem agora em outubro com seminários de abertura e os municípios e a universidade fossem até maio de 2020 realizando atividades de discussões sobre o ECA.

UNICENTRO

A professora doutora em educação social do departamento de educação da Unicentro, Suzete Terezinha Orzechowski, organizou um grupo de trabalho para movimentar a discussão na região e convidou a diretora do Fatos do Iguaçu, Nara Coelho, para participar do grupo de trabalho.

PINHÃO

Sabendo da importância para a sociedade, o Fatos do Iguaçu abraçou a causa, levou-a à secretária municipal de assistência social, Madalena Zanardin, que prontamente colocou a secretaria à disposição, e nessa união de forças, foi organizado o I Seminario da Infância e Adolescência: Boas práticas no Sistema de Garantia de Direitos – ECA 30 Anos, respiramos esperança.

O SEMINÁRIO

O Seminario que teve como coordenadora a psicóloga Jolly Danubia de Oliveira Dellê aconteceu nos dias 9 e 10, com uma intensa e importante programação, contando com mais de 150 inscrições, inclusive de vários profissionais da região.

PROGRAMAÇÃO

No dia 9, na abertura, a secretária de assistência social falou que para eles era uma satisfação fazer parte de todo esse movimento de discussão do ECA e agradeceu o envolvimento de todos da equipe da secretaria de Assistência Social. O prefeito municipal, Odir Gotardo, PT, chamou a atenção da importância de se refletir para além dos mecanismos de atendimento às crianças e adolescentes que tiveram seus direitos violados, para que se busque de fato estratégias de proteção, ou seja, de prevenção, e lembrou que, quando uma criança tem seus direitos negligenciados, é porque o Estado já falhou com a família dela.

Entre os palestrantes estava a promotora de justiça do Ministério Público de Curitiba, Tarcila Santos Teixeira, que falou sobre: Revelação espontânea e escuta especializada: Protocolos Possíveis e a Importância das Práticas, apontando a responsabilidade de cada um em relação à proteção das crianças, “Falhamos quando negamos o atendimento à criança violada. Falhamos quando delegamos aos outros o atendimento, quando a ignoramos. Todos somos responsáveis pelas nossas crianças”, destacou.

A assistente social Neusa Cerutti falou sobre a Família Acolhedora e sobre os prejuízos emocionais, intelectuais e psicológicos que as crianças que ficam em instituições sofrem.

O juiz Vinicius de Mattos Magalhães, da comarca local, falou sobre o processo de Adoção dando uma visão muito clara dos procedimentos e da importância do processo ocorrer de forma legal, reforçando a importância de ter no município o Programa da Família Acolhedora, ele também tratou do enfrentamento a violência.

ECA 30 ANOS

A professora Suzete falou das atividades que o Grupo de Trabalho da região está organizando sobre os 30 anos do ECA e destacou que trabalhar com criança é sempre muito delicado, e com crianças que tiveram seus direitos violados, é mais delicado ainda, é essencial que se tracem trabalhos de atendimento aos que foram agredidos, mas também reforçou a importância de se pensar em mecanismos de prevenção.

O deputado Tadeu Veneri, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, traçou um panorama da situação no Paraná sobre a questão dos direitos humanos em relação às crianças e adolescentes e de todo o trabalho que vem sendo realizado em torno dos trintas anos do ECA.

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