Francisco Carlos Caldas

A  primeira Festa do Pinhão, nasceu de um curso  do programa “LIDERAR” que foi feito de uma parceria da Municipalidade de Pinhão, com Sindicato Rural-SRP e SEBRAE, no ano de 2001, e acabou as ideias e debates indo para o Fórum de Desenvolvimento do Município, e num primeiro momento a Escola Água Verde meio que na linha de frente, foi feito o primeiro evento, com muitas dificuldades, bateção, carências e sacrifícios e tudo meio que improvisado e com escassos recursos.

A Festa foi tomando corpo, e já envolveu contratações de shows de artistas nacionais como: Gilberto e Gilmar, Mato Grosso Matias, Daniel, Fernando e Sorocaba e agora este ano Eduardo Costa. E tudo muito válido, pois, não só de pão vive o homem, e esse tipo de lazer, diversão, entretenimento o povo gosta, divulga o Município e traz gente de fora.

Em 24/04/2023, numa crônica  de nº. 700 publicada no Jornal “Fatos do Iguaçu”, intitulada “Polêmicas” num item de nº. 5, fizemos uma pequena abordagem sobre A FESTA DO PINHÃO, levantando questões da necessidade dela ser melhor estudada, orçada, planejada, para evitar transtornos como o ocorrido com a de 2023, que houve em 3/5/23 até ajuizamento de Ação Civil Pública pelo Ministério Público-MP, processo nº.  0001083-16.2023.8.16.0134 da Vara da Fazenda Pública da Comarca de Pinhão, ainda que não tenha gerado maiores incômodos e trabalhos de defesa  de probidade, por liminar não concedida e processo extinto  2/6/23, mas o MP teve muito trabalho nisso e argumentos, fundamentação são dignos de serem lidos e refletidos (petição de 18 laudas e 27 documentos anexados).

A festa de 2024 foi gigante, anunciada com a maior da região, talvez até desbancando as Festas do Charque do Candói,  e como tal envolveu contratações vultuosas como  estrutura de Edson Brustolin, Eduardo Costa por R$380 mil, outra dupla por R$280 mil e assim por diante, e essas questão de valores, não é razão do presente enfoque reflexivo, que é específico sobre o lamentável ocorrido na noite de 10-11/05/24 referente  sonorização do show do Eduardo Costa, que ficou bastante prejudicado e foi interrompido bem antes do término previsto. Evitamos mas até nas Redes Sociais, fizemos duas abordagens que transcrevemos abaixo, só para registro histórico e reflexões de leitores e cidadãos de Pinhão: 1)- “O lamentável ocorrido tem características de sabotagem. Sou oposição ao Governo atual, mas nem o Prefeito, nem equipe, nem nóis povo Zé Ruelas e Manés, mereciam isso. Estou muito aborrecido, chateado e até meio que indignado!”; 2)- “Estive no show, gosto de várias músicas de Eduardo Costa, e cheguei a pensar o lamentável ocorrido com características de sabotagem, conspiração contra o Prefeito e administração. Este munícipe/CIDADÃO é político de oposição ao atual Governo, mas se solidariza com ele e equipe, independente de apuração de culpa ou dolo de alguém. Penso que as melhores músicas e as que eu mais gosto iam ainda ser tocadas, e ficamos chateados, aborrecidos, tristes, frustrados por o show ter terminado antes do tempo previsto. O povo teve um comportamento exemplar em relação lamentável ocorrido e na linha do que sentimos… Retornamos para casa depois das 4 da madrugada e vimos a trabalheira e investimento pesado que fizeram nas estruturas contratadas inclusive com colocação de pedras soltas no parque, e na estrada de saída que fizeram pelo Bairro Invernadinha. O que penso não tem relevância, mas para reflexões pode servir para alguma coisa. E …….na sua idealização não era para ter esse porte de gastos/dispêndios mas respeitamos decisões tomadas e o Poder Discricionário do respeitável e digno Prefeito!”

Estivemos nos três dias da Festa mais como um observador, para aprendizado, reflexões contextualizadoras e no dia  12/5/24 recreação de neta.

Ainda não vimos o Rol de Empenhos dos gastos nem contas com a Festa, mas “chutamosalgo em torno de R$1,5 milhão, ainda que isso não seja a razão principal do enfoque, que é que despesas precisam serem melhores planejadas e definidas com critérios de prioridades, necessidades reais e essenciais, com é da natureza e de lei o uso dos recursos públicos, nas leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) em que na LOA de 2023, foi previsto R$20.000,00, na de 2024 R$551.000,00 para apoio de eventos culturais.

(Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e Cidadão).   

 

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