Francisco Carlos Caldas

Parafraseando Luiz Eduardo Cheida, ex-Prefeito de Londrina, dizemos que grande obra não é a obra grande, mas a necessária. Assim, como e de outra origem,  liberdade, ser livre é ter consciência e atitudes em cima das necessidades, ou seja daquilo que é essencial.

Já dissemos em várias outras  reflexões que não é um mal encararmos a vida, na linha de no mínimo 3 dimensões, do ver as coisas em 3 ângulos, como entre outros exemplos de tripés: cabeça, tronco e membros; infância/juventude, idade madura e velhice; terra, água e ar; passado, presente e futuro; mínimo, médio e máximo; ver, julgar e agir e aí por diante.

São na somatória de pequenos e simples atos e ações, que as coisas acontecem de maneira satisfatória e adequada.

Nessa linha na tarde de 8/11/21 estivemos num evento Café com Filosofia, na Casa Familiar Rural-CFR, e onde fizemos uma pequena abordagem sobre  o valor do ser humano, do ponto de visto religioso, filosófico e principalmente jurídico/legal.

No aspecto religioso, o homem é obra prima da criação e sob a imagem e semelhança do Criador, que é infinita bondade, todos somos xodós e ninguém é órfão; do ponto de vista filosófico, o ser humano, por ser dotado de RAZÃO, inteligência, consciência, está no contexto do antropocentrismo, surgido na época do Renascimento, e de pérolas como: “Sei que nada sei”, de Sócrates; “Penso, logo existo”, de Descartes e “Quem pensa pouco, erra muito”, de Leonardo da Vinci.

No campo da vida real, do cotidiano e aspectos jurídicos, também o ser humano tem todo um aparato de proteção legal, em que os pontos de partida, são os direitos e garantias individuais e fundamentais,  do art. 5º. da Constituição Federal-CF, de inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Ninguém sabe, ao certo, quantas leis existem no Brasil. Há quem garanta que são mais de 180 mil normas legais; no Município de Pinhão que no dia 15/12/21, vai completar 57 anos, já foram editadas   2.179 leis. Em outras palavras, os nossos problemas, injustiças, mazelas, em regra não são por falta de leis, mas por problemas culturais,  entre os quais “jeitinho”, malandragem, levar vantagem,  há também muito desrespeito e falta do dever cívico do culto à obediência as leis, e na prática, o comum é botarmos os pés pelas mãos, não ser feito o que é preciso/necessário que seja feito.

As enrascadas, e até as desgraças, tragédias que acontecem, no fundo e comum, as causas são falhas e fraquezas humanas próprias de cada um, ou de atos causados por terceiros, daí a importância de tripés em nossas vidas, de religião (onde não há Deus, tudo é permitido), filosofia (uso da razão e busca da sabedoria), de respeito as normas do ordenamento jurídico, e para se se agregar isso tudo, a palavra chave é EDUCAÇÃO, não só de conhecimentos, “cultura”, mas de mecanismos de defesa e atos úteis da vida como um todo.

Não é feio nem um mal, sonhar e fazer  sucesso e  conquistar fama e fortuna, como Gisele Bundchen, Pelé, Neimar, Messi, Airton Senna, Xuxa, Vera Fischer,  Roberto Carlos, Silvio Santos,  Marilia Mendonça, mas temos que ser realistas, de que pódios, famas, sucessos, fortunas,  só uns poucos talentosos  e perseverantes alcançam. É o jogo da Vida, e a luz da Parábola dos Talentos.

Esta reflexão foi feita, no impacto e emoção da tragédia que vitimou  a cantora Marília Mendonça, e outras 4 pessoas na tarde do dia  5/11/21, e depois de assistir muitas vídeos relacionados aos feitos dela, e reforçar reflexões de que a vida é um sopro, uma velinha acesa, ou como o dito pelo  músico André Bach, algo mais ou menos assim: “Minha vida é um nada, um minuto na sequência do séculos, mas a possiblidade de eu fazer ou deixar de fazer alguma coisa, tem repercussão sobre a vida  e futuro de novas  gerações isso constitui o valor da minha vida”. Ou o dito por Robert KennedyPoucos não serão capazes para mudar o rumo da História, mas cada um pode trabalhar para mudar uma pequena parte dos acontecimentos, e na somatória de todos esses atos se escreverá a história desta geração.”

Que os feitos de cada por mais simples que sejam, têm relevância  e as vezes uma falha, um momento ou segundo de bobeira,  uma decisão não bem pensada, tem consequências, e nem tudo pode ser refeito, ter volta, e que falhamos muito em prevenções e que profetas de acontecidos, existem aos montes.

Esta reflexão e ditos acima, não tem a pretensão de atuar como panaceia, fio de Ariadne da Mitologia Grega, e está mais para o obvio ululante de  escritor e teatrólogo Nélson Rodrigues.

Francisco Carlos Caldas, advogado, municipalista e CIDADÃO).

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