Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

Machistas não compreendem a sensibilidade feminina e, por essas e outras, não sabem o que é ser um homem.

Feministas, por sua deixa, ignoram soberbamente os silentes sentimentos masculinos e, por isso e muito mais, não sabem o que é ser mulher.

Ambos, cada um ao seu modo, criam a partir de fragmentos extraídos aqui e ali, misturados com um punhado de ideias doidas, uma abstração do que seja o ser homem e o ser mulher. E, através dessa abstração, essas almas passam a sentir, pensar e julgar tudo e todos.

Enquanto isso, homens e mulheres de carne e ossos, dentro de suas limitações e com seus inúmeros defeitos, em meio aos seus desentendimentos e acertos, procuram se compreender mutuamente na medida do [im]possível.

Homens e mulheres, héteros e homossexuais, tentam jeitosa ou desajeitadamente amar, perdoar, rir, chorar e todos vivem cientes – uns mais, outros menos – de que jamais seremos tudo o que imaginamos ser e, muito menos, seremos tudo aquilo que esperam de nós.

Enfim, todos, homens e mulheres, com seus desacertos e incompreensões caminham ombro a ombro, juntos, rindo e chorando, discutindo e convergindo, sofrendo e gozando nessa imperfeita relações entre seres imperfeitos, com todos os problemas e virtudes que podem existir entre seres demasiadamente humanos.

(*) professor, cronista e bebedor de café.

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