Sete mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Paraná estão sendo cumpridos na manhã desta segunda-feira, 13 de novembro, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Curitiba, na Operação Castor, que é um desdobramento da Operação Argonautas. Além do ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Abib Miguel, conhecido como “Bibinho”, esta fase da operação envolve o prefeito de Rio Azul, no Sudeste do estado, e seus familiares.

A investigação apura a extração ilegal de madeira em imóveis pertencentes ao ex-diretor, localizadas no município de Rio Azul, que estão sob sequestro judicial por ordem da 4ª Vara Criminal de Curitiba.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Rio Azul (em duas empresas pertencentes ao prefeito municipal e seus familiares e em suas residências) e em Curitiba (na casa do ex-diretor da Alep).

Argonautas – A Operação Argonautas foi deflagrada em 2014, quando o ex-diretor da Assembleia Legislativa do Paraná foi preso pelo Gaeco em Brasília, no momento em que recebia cerca de R$ 70 mil do administrador de suas propriedades no estado de Goiás. Em 2015, ele foi denunciado pelo MPPR junto com outras doze pessoas por envolvimento em desvios de dinheiro público do legislativo estadual. Segundo a investigação, entre 1997 e 2010 foram desviados mais de R$ 216 milhões (em valores atualizados) envolvendo a contratação de pelo menos 97 funcionários “fantasmas” pela Alep.

Os recursos desviados eram “lavados” através da aquisição de imóveis urbanos e rurais, em nome do próprio ex-diretor e de seus familiares, em vários estados do país, e de sua posterior exploração (agrícola ou extração de madeira ou minérios, por exemplo). Na denúncia, foram descritos pelo menos 60 imóveis utilizados no esquema, localizados no Paraná, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Santa Catarina e São Paulo.

Com informações da Assessoria de Comunicação
Ministério Público do Paraná

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