Por: Nara Coelho

“O mundo da cultura nos apaixona e nos envolve de tal modo que uma vez tenhamos flertado com ele, jamais o perdemos de vista”.    Manoel M. da Silva

Um grupo de amigos, mais precisamente doze, Albino, Aldo, Anelly, Carlos, Danieli, Edinho, Edilson “Xiru”, Elisa, Joelma, Mauro e Nilson, amantes da cultura, ou mais ainda, sonhadores que voavam nas asas do desejo de ir além do cotidiano, vão construindo um sonho. A princípio, a vontade de se encontrar, tomar um café e conversar, trocar ideias sobre a cultura e seus viés vão dando formato aos encontros, vão modelando e dando vida às ideias, E de ideia em ideia, de prosa em prosa vai surgindo a Confraria Cultural, que por ironia do destino tem seu marco inicial no dia da mentira, dia 1º de abril de 2016.

O nome vem pela sugestão do Mauro, e muito rapidamente é abraçado por todos, pois eles querem mais que um espaço para as pessoas discutirem a cultura e as questões sociais que perpassam por ela. Querem formar uma irmandade, porque laços entre irmão é leve, é belo, mas é forte. E entre irmãos há sonhos diversos e jeitos diferentes de ver e viver, mas há a vontade de fazer e construir junto.

Eles contam “Houve momentos de certa descrença na possibilidade de efetivar tão grandiosos projetos com pouquíssimas pessoas – bebedores de café, porém com o passar do tempo a ideia foi amadurecendo, fortalecendo e tornando cada vez mais claro o caminho a ser seguido.”

Na noite de sexta-feira, 21 de outubro, na Câmara municipal de Pinhão, a Confraria tem sua fundação. O que podia ser apenas uma abstração, um delirio de artistas, poetas, filósofos, ou meramente sonhadores, agora era uma realidade assustadora pela grandiosidade e ao mesmo tempo deslumbrante, embriagante pelas possibilidades que ela suscitava.

“Com essa realidade posta, vieram novos membros dispostos e interessados, apaixonados e intrigados pelas mais variáveis manifestações humanas, deixando despencar de suas caixinhas anseios e ideias que estavam guardados”. Contam os amigos

Como a realidade é dinâmica e no embalo da inspiração, do dinamismo que todo artista e amante das artes e cultura tem, já em 25 de novembro veio a Mesa Redonda “Humanização dos Sentidos pela Arte”, intrigando, provocando. “O intuito era que as pessoas aqui presentes se reconhecessem, se questionassem sobre algo que nos é muito íntimo, “Cultura” e mais ainda, a “Humanização dos Sentidos pela Arte”, explicou a Danieli.

E sem dúvida, conseguiram intrigar, provocar, emocionar, deslumbrar, o professor Dr. Manuel Moreira da Silva e a professora Dra. Márcia Cristina Cebulski da Unicentro, que foram os debatedores, foram uníssonos ao afirmar, “Nessa noite nasceu algo grande e belo, esses jovens não tem ideia do movimento de transformação que estão deflagrando, tudo lindo e de profundo significado, eles nos surpreenderam maravilhosamente.”

A quem pertence a Confraria Cultural? Aos artistas de qualquer das áreas, aos apreciadores das artes, aos amantes da cultura, a todos que desejam refletir, conversar, debater, fazer cultura e arte. Que compreenda que por esses caminhos se humaniza os seres humanos e se transforma a sociedade

Foto: Naor Coelho/Fatos do Iguaçu

Foto: Naor Coelho/Fatos do Iguaçu

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