Por Paulo Henrique Gomes

A seleção australiana chega na Rússia para a sua quinta participação em Copas do Mundo. Em 2018, os australianos irão disputar sua quarta Copa do Mundo consecutiva. A melhor campanha da equipe no torneio foi em 2006, quando alcançaram as oitavas de final, mas foram eliminados pela Itália, que viria a ser campeã daquela edição. Nesta edição, os australianos estão no grupo C, ao lado de França, Dinamarca e Peru.

Cada vez mais presente em competições internacionais, os australianos chegam à Rússia querendo apagar a má participação de 2014, no Brasil, quando sofreram três derrotas em três jogos. A primeira participação da Austrália em Mundiais aconteceu em 1974, na Alemanha. Os australianos não fizeram feio, perdendo para as duas Alemanhas por placares modestos e empatando sem gols com o Chile.Filiada a Confederação de Futebol da Oceania, os australianos sobravam e ganhavam dos outros países do continente com enorme facilidade. Engana-se quem pensa que isso era bom para a Austrália. Caso vencesse as Eliminatórias da Oceania, o que quase sempre acontecia, ainda tinha que disputar uma partida playoff contra uma seleção de outro continente, que quase sempre era muito superior aos australianos, para garantir vaga na Copa. Em 1986, a Austrália perdeu a vaga no playoff para a Escócia, em 1994 para a Argentina, em 1998 para o Irã e em 2002 para o Uruguai.

O tabu acabou nas Eliminatórias para a Copa de 2006. Os australianos passaram pelo Uruguai nos playoffs e se classificaram novamente para uma Copa, que seria disputada novamente na Alemanha, mesmo país em que a seleção australiana havia disputado a competição, em 1974.

O sorteio colocou os australianos no grupo G, ao lado de Brasil, Croácia e Japão. E não é que a Austrália surpreendeu? Com uma vitória, um empate e uma derrota, se classificou, ao lado do Brasil, para as oitavas de final da competição. Na fase seguinte, enfrentaram a Itália, que viria a ser campeã daquela edição da Copa. O placar seguiu inalterado até os 50 minutos do 2° tempo, quando um pênalti foi marcado de forma polêmica para os italianos. Totti converteu a cobrança e pôs fim ao sonho australiano.

A partir de 2007, os australianos passaram a ser filiados à Confederação Asiática de Futebol, com o objetivo de dar maior competitividade à seleção. A Austrália conseguiu se classificar para a Copa de 2010, na África do Sul, sem a necessidade de disputar um playoff. Com uma vitória, um empate e uma derrota, assim como em 2006, os australianos ficaram em terceiro lugar em seu grupo e não conseguiram uma das vagas para a próxima fase do Mundial.

Novamente se classificando para a Copa do Mundo sem necessidade de playoffs, a Austrália não fez um bom mundial no Brasil, em 2014. Sendo sorteada em um grupo dificílimo, com Holanda, Espanha e Chile, a Austrália amargou 3 derrotas em 3 jogos, ficando em último lugar no grupo.

Pensando em 2018, os australianos tiveram que suar bastante a camisa para conseguirem sua vaga na Copa. Ficando na terceira posição do grupo B das Eliminatórias Asiátias, com cinco vitórias, quatro empates e uma derrota em dez jogos, a Austrália se classificou para o playoff asiático. Após dois empates com a Síria, Tim Cahill marcou o gol da classificação para a disputa de outro playoff, dessa vez contra Honduras, que ficou em quarto lugar nas Eliminatórias da Concacaf. Após o empate por 0 a 0, em Honduras, a Austrália venceu por 3 a 1, em casa, e garantiu sua classificação para a Copa do Mundo da Rússia.

O maior artilheiro da história da seleção australiana é o atacante Tim Cahill. Com 50 gols em 104 partidas, Cahill chega à Rússia com o objetivo de levar a Austrália o mais longe possível na competição. O veterano, de 38 anos, joga pelo Millwall, da segunda divisão inglesa.Em amistosos preparatórios para a Copa em março deste ano, a Austrália perdeu por 4 a 1 para a Noruega e empatou em 0 a 0 com a Colômbia.

Com a grande possibilidade de classificação da França, a Austrália mede forças com Peru e Dinamarca pela segunda vaga do grupo C. Os australianos querem fazer história e superar sua melhor campanha em Copas, quando chegaram às oitavas de final, em 2006. O desafio é difícil, mas não impossível.

Fonte: Agência do Rádio MAIS

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