Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)

A fé ilumina a razão e essa fundamenta a fé. A fé que abandona a razão acaba desesperando e, quando a razão ignora a fé, ela também, da sua maneira, cai em aflição.

(ii)

Um diploma, pouco importando do que seja e de onde ele venha, é apenas um papel que atesta que nós passamos por um determinado lugar e que cumprimos certos ritos burocráticos. Porém, esse papel tão valorizado pela sociedade contemporânea, pouco ou nada diz a respeito do tipo de pessoa que nós somos. Pouco mesmo.

(iii)

Desconfio sempre daqueles que dizem representar os meus interesses sem jamais ter me consultado. Gente assim, de um modo geral, está apenas procurando defender os interesses de sua patotinha política ao mesmo tempo em que afirma cinicamente estar, como dizem, lutando pelos meus direitos. Infelizmente, biltres desse naipe abundam em nossa sociedade.

(iv)

Não espere realizar um bem repetindo um punhado de imbecilidades mal disfarçadas sob o mando roto do politicamente correto.

(v)

O politicamente correto com todo seu bom-mocismo enjoado e engajado nada mais é do que a expressão atualizada daquilo que a Sagrada Escritura chama de sepulcros caiados.

(vi)

É no silêncio da consciência individual que podemos exumar o cadáver putrefaz da bestialidade coletiva.

(vii)

Negar que o sistema educacional brasileiro é uma poderosa máquina de doutrinação marxista seria algo similar a afirmar que a grama é rosa e não verde. É negar o óbvio.

(viii)

Toda vez que o Estado começa a soberbamente decretar o que é bom e o que é mal em matéria moral é porque que ele está transubstanciando-se num Leviatã totalitário.

(ix)

Reconhecerei a seriedade das reformas e contenções de gastos propostas pelos bernes que parasitam a maquinaria estatal quando esses, primeiro, conterem a sua voracidade canina frente ao erário e começarem a cortar a própria carne dando assim um exemplo de responsabilidade. Infelizmente, até agora, tudo o que vem sendo apresentado para a sociedade que agoniza em meio à crise como solução, francamente, a mim parece apenas uma encenaçãozinha bufa de populismo histriônico do mais baixo nível. Só isso e olhe lá.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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