Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

As professoras do primário, hoje ensino fundamental deste escriba, nos anos de 1963-1967, no Grupo Escolar Procópio Ferreira Caldas de Pinhão, no local onde hoje está o Colégio Professor Mário Evaldo Mórski, foram: Maria José Ferreira de Almeida, Tereza Zarpellon, Judith da Rocha Bueno, Nilza Ribas Miguel, Sebastiana Senhorinha Baggio, Edite Basílio e Mariza Gruskoski. Judith, Sebastiana e Edite, falecidas.

Na caminhada estudandil/educacional, tivemos muito bons e grandes professores e professoras, mas alguns, hoje temos até dificuldades de lembrar seus nomes, mas das professoras primárias, e um tanto por melhor memória de menino, não esquecemos e temos suas atuações muito vivas  na mente.

As Diretoras da época foram: Maria Francisca da Silveira, Zeni Ferreira Ribeiro e Sebastiana Senhorinha Baggio.

Na época a gente andava descalço, de guarda-pó, material escolar dentro de um pacote plástico (em regra de arroz); e o recreio e os namoricos  de traição (que a outra parte nem sabia) era a melhor coisa que existia. E os alunos do interior, tinham que parar em casas alheias para estudar, já que em moradia nas cidades ou colégios internos era só para os de melhores condições financeiras.

Quando terminamos o  primário em 1967, tinha um exame de admissão (uma espécie de vestibular) para entrar no ginásio. Por uns meses fizemos curso preparatório para o exame de admissão na cidade de Guarapuava, com o famoso professor Aroldo,  do hoje Colégio Adventista, com ajuda de parentes. A mãe deste na década de 1930,  estudou no Colégio Nossa Senhora de Belém de Guarapuava, também parando em casa de parentes (de Luiz Dellê, terreno hoje da Família Gelinski).

Quantas histórias, dos idos de 1963-1967, e outros tempos, que poderiam e podem ser contadas em cafés, encontros culturais locais e escritos como este.

Já em muitas oportunidades dissemos que se não tivéssemos se tornado advogado, estaríamos professor até os dias de hoje, pois, parafreaseando D. Pedro II, mais um vez dizemos, que não vemos profissão mais nobre e missão mais sublime, do que dirigir as inteligências infantis e juvenis, e preparar  os seres do futuro. Ou como diz, o poeta e escritor francês, Victor Hugo que viveu nos anos de 1802-1885: “Modelar uma estátua e dar-lhe vida é belo. Modelar uma inteligência e dar-lhe verdade é sublime.

Mas porque o título desta crônica, se referindo só as mestras e não aos mestres?  A resposta é porque, o alvo desta reflexão, são as professoras do primário, na época da 1ª. a 5ª. série do primário, e tempo em que a educação era dominantemente feminina. Ainda que em Pinhão, já tenha tido e tenha professores de escol, como entre outros: Hipólito Ayres de Arruda, José Silvério de Camargo, e os da nova geração. 

Esta crônica e uma homenagem especial as professoras do primário, mas extensiva a todas as professoras e  professores, não só pelo Dia do Professor (15 de outubro), que para nós são seres especiais todos os dias, e de sublime missão.

Francisco Carlos Caldas, advogado, cidadão e ainda estudante.  

E-mail[email protected]  –     

 

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