Mais uma crônica de Francisco Carlos Caldas

Nossa infância, até os 7 anos, foi bucólica (campestre), tudo muito simples e agradável.

Depois, dos 8 aos 12 anos, fazendo o primário no Grupo Escolar Procópio Ferreira Caldas, de Pinhão, e tendo que parar em casas alheias, e meio que de favor, com contrapartidas de algumas ajudas com serviço fora do horário escolar.

A juventude dos 13 aos 19 anos, cursado ginásio e 2º. grau, em Colégios de Guarapuava (Agrícola, Santa Cruz e Manoel Ribas), e também com jornadas árduas e de muitas privações, e ajuda de familiares e parentes.

Depois e a partir de 1975, feito o  curso de Direito na  Universidade de Ponta Grossa-UEPG, trabalhando de dia e estudando a noite e finais de semanas, com muitas leituras  em ônibus/coletivos, para trabalho na saudosa Rede Ferroviária Federal S.A./RFFSA, em Ponta Grossa, até 1979.

A partir de 9/01/1981, em Pinhão e idade adulta, advocacia, aulas, pequena atividade rural e militância política. Árduas e edificantes jornadas já por mais de 36 anos, com honra e dignidade, ainda que de resultados que deixaram muito a desejar.

Essa breve retrospectiva tem o objetivo de despertar reflexões e legado, que em regra o histórico de vida das pessoas, há  jornadas de muitas lutas, sofrimentos, altos e baixos, ciclos, frustrações, bons e maus momentos. Mas, que continuidade, perseverança, paciência, preocupações com o bem, com as leis, virtudes, ética, tripés: família, igreja/religião e escola/educação, enfim vida virtuosa, são fundamentais para uma vida e caminhada digna e honrada.

Cada vez mais espaços e competitividades se acirram,  e não está nada fácil se encontrar soluções ou atenuantes para as demandas e necessidades de cada um.

Alguns sofrimentos são úteis a moldar o caráter, a garra, o espírito/alma das pessoas, mas devemos lutar para evitar e diminuir  martírios, ainda que estes gerem consolo e expectativa que levem depois os sofredores de ponta cabeça para o céu. Mas poupar seres ainda que pequenos de certos sacrifícios de algumas obrigações, tarefas escolares, catequese, alguma ajuda doméstica, de organizar e zelar das coisas, ser respeitoso com as pessoas, animais e bens públicos e dos outros, e adulá-los em demasia, não está com nada, e não é isso que o Estatuto da Criança e Adolescente-ECA, protege.

Dia 12 de outubro é consagrado a Nossa Senhora Aparecida (padroeira do Brasil) e dia das crianças. Qualquer preocupação  com os pequenos (crianças, anjinhos) é grande assunto. O índice de nascimentos vem diminuindo nos últimos anos, mas mesmo assim, temos que nos preocupar e trabalhar muito em prol de toda a nossa gente, e de maneira mais especial as criancinhas, e ajudar a mãe Aparecida e Deus a propiciar um presente e futuro digno a esses pequeninos, que um dia vão ser jovens, adultos e idosos, e que precisam e merecem vida digna ainda que simples, aqui e agora.

(Francisco   Carlos   Caldas,    advogado,     e   cidadão   pinhãoense).

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