Por Dartagnan da Silva Zanela (*)

(i)

Lembre-se – como diz minha mãe – que quando você aponta o seu dedo craquento para acusar o outro, que existem outros três dedos que estão apontados pra você seu relaxado.

Vale lembrar também que tal preceito não nos convida, de modo algum, a fazermos vistas grossas frente ao mal cínico que assombra o nosso país.

Devemos perdoar o que é perdoável e a tolerar o que é tolerável, mas sermos implacáveis no combate a soberba do mal que se orgulha e se rejubila com suas pérfidas obras.

Enfim, como dizem os tongos: não confundamos alhos com bugalhos para, quem sabe, deixarmos de ser, assim, tão otários.

(ii)

O tal do sistema é corrupto, sim senhor, ninguém nega esse fato; mas corromper-se é uma escolha feita livremente e, nesse caso, ninguém admite esse triste fiasco. Ninguém sabe de nada, todo mundo é inocente e mais que rapidamente muda-se o rumo do papo.

(iii)

Todo ataque afetado de cidadanite tem seu “Q” de esquerdice.

(*) Professor, cronista e bebedor de café.

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